sábado, 17 de novembro de 2012

Charger R/T 79 (Brasileiro)

Estava eu indo normalmente para uma aula na FABICO. Quando passo por uma das ruas perto do Palácio da Polícia e encontro este raríssimo Charger R/T 79, o penúltimo modelo brasileiro do antológico muscle-car americano. Segundo Simone e Pagotto (2010) esta versão vendeu apenas 125 unidades.

O Charger desta época perdeu toda a agressividade da grade frontal e adotou a que era característica de todos os modelos Dodge Brasil da época. Ele possuía pintura em dois tons e uma desnecessária grade nos vidros do passageiro. Talvez este seja um dos detalhes que confirmou a decepção do respectivo carro. Sem contar que na época de crise do petróleo, ter um V8 era tarefa ingrata.

Por último eu aponto um detalhe curioso do modelo que fotografei. O Charger original de 79 apresentava apenas a pintura lateral que percorria toda a extensão do carro. Este além disso apresenta um friso metálico na lateral do veículo, demonstrando uma modificação pós-fábrica pelo visto. 

 


Fonte:

SIMONE, Rogério de; PAGOTTO, Fábio. Dodge: esportividade e potência. São Paulo: Alaúde, 2010.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Propaganda Chevrolet: “Admirado por todos!”


Propaganda retirada do livro “Propaganda brasileira” de Francisco Gracioso, página 34. Como esses anúncios são interessantes por adotarem desenhos.




domingo, 7 de outubro de 2012

Pick-up Opala

Eu já vi muitas vezes na internet alguns malucos que simplesmente destroem um Opala ou uma Caravan cortando a sua traseira e transformando em pick-up. No Google Imagens você encontra diversos experimentos desta ordem, sendo que o resultado final é sempre muito tosco. Exemplo:


 









Imagem retirada do blog Bizarrices Automotivas


Mas no início dos anos 70 o Opala Pick-up foi um projeto que quase saiu do papel. Segundo a revista Quatro Rodas de novembro de 1972, o Salão do Automóvel daquele ano deveria apresentar o protótipo do veículo. No respectivo evento a GM não apresentou nenhum Opala que tivesse essa vocação para cargas.

O Opala Pick-up deveria ser um utilitário de luxo (!!!). Soa estranho, mas a matéria apresenta a suposta camionete com requinte por ser projetada para carregar bagagens. A GM justificava sua aposta no projeto pelo fato de na época ainda não existir nenhum modelo de pick-up baseado em algum veículo de passeio.

Desenho do modelo
Imagem retirada da revista Quatro Rodas de novembro de 1972.

O protótipo dividiu as atenções da equipe da GM na mesma época em que era criada a “Perua Opala”. Todos sabemos que no fim a Caravan foi lançada e a pick-up nunca saiu das pistas de treino, tornando-se mais um projeto renegado ao limbo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Puma GTB S2


*Depois de décadas sem atualizações...

Perto da minha casa (em Porto Alegre) existe um raro Puma GTB S2. Este carro era o Puma realmente esportivo, esqueçam motores refrigerados à ar, aqui o negócio era movido pelo saudoso 6 cilindros do Chevrolet Opala!

No início de 1971 o protótipo surgiu e seria chamado de Puma GTO (Gran Turismo Omologato), com esta sigla o carro tendo o apelido de Puma Opala. Nem preciso comentar que ele já nasceu como um ícone “esportivo” para o país. A Puma tinha longas filas de espera e muita gente ficou sem os GTB’s S1 e S2, tendo em vista que toda a linha deles era feita, praticamente, de maneira artesanal.

Segundo as fontes consultadas, o Puma GTB era muito mais caro que veículos como o próprio Opala, Dodge Charger R/T e Maverick. Ele era apenas levemente mais barato que um Landau. Sem contar que pelo problema do número escasso de veículos saindo de fábrica, criou-se um mercado onde um Puma GTB usado era até mais caro que um novo de fábrica.

Segundo a Revista Quatro Rodas, um Puma GTB valia quase o mesmo que 3 Passat LS

O GTB foi lançado no Salão do Automóvel de 1972 (já com direito a encomendas), mas os primeiros modelos só foram sair da fábrica em 1974. Em 1978 é lançada a “geração 2” (GTB S2) que é o carro que encontrei e coloquei no post. Ele tinha bancos de couro, arcondicionado, vidros elétricos e era equipado com o lendário motor 250-S do Opala.

Não sei informações sobre o dono desta pérola, já vi diversas vezes em uma oficina, mas nunca vi ninguém saindo de dentro dele. A única pista sobre o possível dono é um adesivo da Polícia Civil Gaúcha... Sorte de quem tem esta raridade em casa.







Referências: